sábado, 25 de setembro de 2010

Green Eyes

O “por quê?” eu também não entendi. Só o que sei é que os olhos dela têm um leve tom de verde profundo, feito um abismo.
O “pra que?” eu também não entendi. Só o que sei é que o sorriso dela sempre fica meio sem graça enquanto fala de amor, mesmo tendo toda graça do mundo, pelo menos pra mim.
Selecionar é também excluir, tornar eterno é expelir todas as outras possibilidades em questão. Parece ter sempre o lado ruim, o lado pesado, o lado que não te agrada em momento algum; parece que ainda não encontrei esse lado nela, e se já encontrei inconscientemente, sei de forma bem consciente que entenderei uma imperfeição qualquer.
Menina dos olhos claros, não tão claros quanto o céu, nem mesmo quanto o mar. Você roubou meu coração sem ser uma coisa nem outra, sendo exatamente tudo, extremamente o mundo inteiro dentro do lado de fora. Se você fosse uma parte da minha casa, seria meu quintal, meu jardim, teria meu total empenho e admiração, meu orgulho.
Querida, seu sorriso tem um brilho indescritível, se faltasse sol iluminaria, se faltasse luz clarearia, mas sempre me tira o ar sem reposição de nada. Você roubou meu coração sem me fazer sofrer, sendo doce e suave. Se você fosse uma parte de mim, seria minha imaginação, se transformaria no que mais me agrada, seria pra sempre você mesma.
Sem “por quê?”, nem "pra que?". Querida, você é a única que eu queria encontrar.

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