quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Careta

A falta que um careta faz é algo a se expressar.
O tempo está chuvoso, mas ainda está calor, agora um café só serviria para estressar mais do que já estressou. Meus olhos fartos d’água se encheram outra vez com a lembrança dessa história, dessa estrofe que não para de repetir. Sei que se eu der play no radio, qualquer canção vai me ferir.
Quebrado, partido, ferido, sofrido sinônimos do meu coração. Melancolia multiplicada, realmente eu só queria chorar. Mas só, esse ser só, não tenho me permitido ser. Não sei amar de menos, escolher pessoas. Se amo sou de arrebentar-me por qualquer 1. Não fui eu.
A falta que um careta faz chega a ser emputecedora, caótica, um parkinson momentâneo, convulsão da alma.
“Eu não deveria ter tomado aquele maldito café”, é o que estou pensando agora sem parar. Eu não deveria ter terminado ado, ado. Droga.
Qualquer canção pode ser sua, mas agora eu trocaria qualquer rit da década passada dedicado a mim por um careta, uma xícara de café e alguns pingos de chuva.

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