sábado, 1 de janeiro de 2011

A nova Dança

Um dia me disseram que eu danço muito mal, que não sei acompanhar ritmos, inovar e nem tenho swing. E mesmo sabendo disso, eu te tirei para dançar.
Vou inventar um nome fictício, já que não pega bem chamar seu nome desse modo. Faz de conta que é Ana, por que se não termina assim, deveria começar.
Ana, eu pensei o tempo todo em te dar o melhor que houvesse em mim. Mas no fim, tudo o que fiz de real foi chorar.
Ana, eu te tirei para dançar porque me julguei capaz de no meio da música aprender.
Eu esperei por um milagre, mas você por si só era bem mais que luz. Mais uma vez eu não soube interpretar os sinais.
Ana, tudo termino do mesmo jeito em que começou. Desculpe-me, mas não sou covarde, sem ser coragem, sou uma interrogação no meio de uma resposta. Incoerência.
Ana, eu amo o modo como sorri, mas te fiz chorar; amo sua voz, mas te fiz calar; amo sua companhia, mas te abandonei. Tirei-te pra dançar, sem saber fazer.
Ana me desculpe, mas cada palavra sua bate forte na minha alma arrebentada. Fiz bem mais o seu mal, veja outra vez.
Ana, você foi à melhor coisa que meus olhos já viram. Agora é hora de ir embora, cresça e desapareça de mim. I’m sorry.

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