sábado, 1 de janeiro de 2011

Eu gosto é do gasto

Eu gosto de pessoas difíceis, inconquistáveis, que quando em silêncio transmitem franqueza e calmaria. Mas quando abrem a boca, são um grande segredo por si só. Que têm um mar de opinião própria, sem medo de errar.
Eu gosto da conquista complicada, de procurar maneiras e argumentos, de esquentar a cabeça e de observar demais, sem deixar de dizer.
Eu gosto de tatuar meu nome em lugares secretos, se não for o coração, me entregue à alma. Gosto de quem não precisa de mim, para que eu possa me entregar e depois partir sem ter a necessidade de nunca mais voltar.
Eu gosto de segundas chances, de ser previsível para quem me conhece bem, de conhecer também tão bem e saber não só os pontos fracos, mas também vírgulas e exclamações.
Eu gosto de pessoas misteriosas, porém engraçadas. Que escondem um mundo no olhar, com um forte desapego. Porém com um ciúme incontrolável, fumegante e com um orgulho tão falho quanto o meu.
Eu gosto do tosco, do trash e do bárbaro. Gosto de quem cria, mas também de quem plageia. Gosto do gosto forte, do que corta e rasga, do que é quase impossível de possuir.

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