segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Dear

Através dos dias que se acabam com um “boa noite”, que nunca mais veio, repleto de palavras que não foram ditas. Nunca pensei que diria isso tão tarde, nem mesmo tão cedo. Mas quero que saiba querida, eu superei você e todas as lágrimas de desespero que secaram meu peito.
Depois de tanto tempo pensando em formas fáceis de te fazer voltar. Oh, eu nunca pensei em me matar por você, mas não houve um só dia em que, mesmo perante o silencio, eu não invocasse seu nome de algum modo. Parece-me que viver assim, é bem mais trágico e doloroso que um suicídio qualquer.
Tente acreditar que ainda te amo tanto, que até dói um pouco lembrar de tudo o que não existe mais. Parece estranho, mas tem se tornado cada vez mais comum, banal todo esse sentimento. Agora consigo até mesmo falar sobre você sem pestanejar, me pragueja, deixa pra lá.
O tempo apaga tudo, tudo, nem tudo. Mas pense nas coisas boas, se elas ainda não tiverem sido apagadas.
Tudo parece teste e eu me lembro de detalhes demais. Mas eu superei você, e isso machuca um pouco mais do que eu esperava. Passei tanto tempo te colocando em foco, que hoje não sei ao certo para onde ir depois daqui.
Por mais estranho e doloroso que ainda seja, todas as lagrimas secaram faz tempo.

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