domingo, 22 de agosto de 2010

Expelir

Olhando através da janela da alma, vejo um flash que me cega, é como um sopro que te faz calar. Talvez eu devesse me arrepender de tudo, dos dias em que te fiz chorar, nos dias em que te fiz sorrir, mas não parece justo esquecer uma parte, metade, um terço, coisa pouca; sou a favor do tudo ou nada. Se for pra esquecer-me de algo que realmente fizesse diferença, gostaria de esquecer-me de você.
Por que você sempre foi a policia nas nossas sessões de pique-pega, por que sempre me faltou a razão por sobra de razão?
Se fosse pra me arrepender de algo, gostaria de me arrepender de ter cruzado meus olhos com os seus, mas não consigo. Foi tão bom te ver sorrir, foi tão valoroso te ver chorar, foi tão significante cada segundo. É impossível escolher parte, metade, um terço, coisa pouca; sou a favor do tudo ou do nada. Se for pra perder algo que realmente faça diferença, prefiro perder você, me arrepender de você.
Quem é que ainda fala de salvação nos dias de hoje? Quem é que se arrepende realmente de algo hoje em dia?
Eu me perdi tantas vezes, que você não seria capaz de acompanhar nem metade, mesmo se eu quisesse te contar. É tudo demais, é tudo bem mais do que parece ser. Se for pra não ser algo relevante, gostaria de não ser eu; pois é impossível apagar parte, metade, um terço, coisa pouca, você.

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